Sérgio de Castro
sergiodecastro@gmail.com
Pratico - ou venho tentando praticar - o budismo desde 1988. Me identifiquei, de cara, com a característica igualitária dos ensinos e com o compromisso de respeito a todas as formas de vida. Sou jornalista e trabalho em um programa de TV que aborda um assunto um tanto árido: a economia. Nasci e vivo no Rio de Janeiro.
Dentro da minha postura budista, me esforço para tirar do "limbo" a figura de Nichiren Shonin. Sou discípulo de uma das tantas escolas nichirenistas existentes. Infelizmente, no ocidente, as escolas que mais se desenvolveram passam a imagem de um budismo fechado, preconceituoso, avesso ao contato e à comunhão com outras tradições budistas - ou mesmo não budistas. Tento mudar essa imagem. As escolas mais antigas que seguem o exemplo de Nichiren não compactuam com essa postura. O mais importante é saber que fazemos parte de um grande oceano de compaixão e que temos - todos - mais semelhanças que diferenças. Afinal, somos todos "crianças-aprendizes" de Shakyamuni.
Me interessei pelo "budismo engajado" por acreditar que sem ação (engajamento) não há como fazermos desde mundo de ilusões a terra tranqüila do Buda. De forma prática, e sem o uso das figuras metafóricas, acredito que sem o comprometimento com a justiça, igualdade, benevolência e ética, não vamos fazer de nossos meios (família, vizinhança, bairro etc) um lugar melhor e mais justo para se viver. Não seria esse, afinal, o compromisso de um bodhisattva?
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