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domingo, 26 de agosto de 2007

TEXTOS E REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE CONTEMPORÂNEA

O que são os direitos humanos? (Segunda Parte)

Por Vanessa de Castro Rosa

Dada a fundamental importância dos direitos humanos, eles também podem ser entendidos como mecanismos à disposição das pessoas para que estas sejam felizes.

A felicidade pode ser entendida sob vários aspectos: uma missão, um prêmio, um ideal, uma recompensa, uma meta ou projeto, independente do sentido que cada pessoa pode adotar em sua própria vida, a felicidade é um direito de todos, e não cabe a ninguém impedir que outra pessoa exerça seu direito de ser feliz.

Vale notar que a felicidade precisa de um ambiente propício para se desenvolver, ou seja, só é possível quando há dignidade e respeito à pessoa humana. A felicidade se manifesta sob as formas mais variadas possíveis, pois é vivenciada de diferentes modos pelas pessoas, mas nunca há felicidade plena quando não há respeito aos direitos humanos.

Há vários tipos de felicidade: a efêmera e a verdadeira, a passageira e a duradoura, porém, a essência da felicidade é a paz interior. Conforme ensina S. S. Dalai-Lama [1]:

[...] a principal característica da felicidade genuína é a paz, a paz interior. Não me refiro a qualquer sentimento parecido com o “estar num barato”. Nem estou falando de ausência de sentimento. Ao contrário, a paz de que falo está enraizada na consideração pelos outros e envolve um alto grau de sensibilidade e sentimento, embora eu pessoalmente não possa alegar que tenha conseguido ir muito longe nesse aspecto. Atribuo minha sensação de paz sobretudo ao esforço para desenvolver meu sentimento de consideração pelos outros.

Segundo S. S. Dalai-Lama [2] é da natureza de todas pessoas desejar a felicidade e não sofrer, e este desejo é um direito e como tal deve ser respeitado. Assim, é intrínseca a relação entre direitos humanos e felicidade, não há como ser feliz num ambiente em que não sejam respeitados os direitos humanos, visto que estes formam a base necessária para que as pessoas sejam felizes.

A felicidade não é uma experiência isolada e independente e sim uma experiência plural e interligada às pessoas e ao ambiente. Não há como ser feliz quando reina o egoísmo, a intolerância, a miséria e o individualismo.

Os direitos humanos buscam unir as pessoas, promover a paz mundial, o respeito ao meio ambiente, a tolerância, o respeito pela vida e a dignidade da pessoa humana, possibilitando, desta forma, que as pessoas sejam felizes e vivam num mundo melhor.

Para ler a primeira parte deste texto, clique aqui

Para ler a terceira parte deste texto, clique aqui


[1] DALAI-LAMA. Uma ética para o novo milênio. Rio de Janeiro: Sextante, 2006, p. 47.

[2] DALAI-LAMA. Uma ética para o novo milênio. Rio de Janeiro: Sextante, 2006, p. 43.


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